O ex-ministro da Previdência Social, José Carlos Oliveira, depôs à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta sexta-feira, 12 de setembro de 2025, em Brasília. Durante a sessão, admitiu que pode ter havido falhas na condução de sua gestão, mas negou qualquer negligência ou conhecimento prévio de fraudes nos benefícios previdenciários.
Detalhes do depoimento
Admissão de falhas: Oliveira reconheceu que a pasta enfrentava dificuldades, principalmente pela falta de estrutura para atender à alta demanda de processos e benefícios.
Negativa de negligência: O ex-ministro foi enfático ao afirmar que não houve descaso ou omissão de sua parte, ressaltando que problemas administrativos não podem ser confundidos com má-fé ou envolvimento em irregularidades.
Fraudes em apuração: Questionado pelos parlamentares, ele negou conhecimento direto sobre fraudes no INSS, tema central da CPMI, que investiga supostos esquemas de irregularidades em concessões de benefícios.
Contexto político e institucional
A CPMI do INSS foi instalada no Congresso Nacional em 2025 para apurar denúncias de fraudes milionárias no sistema previdenciário, além de avaliar falhas de gestão que teriam prejudicado beneficiários.
José Carlos Oliveira comandou a Previdência em parte da gestão de Jair Bolsonaro, antes de deixar o cargo em 2023. Sua convocação à comissão foi considerada estratégica por parlamentares que buscam compreender a extensão dos problemas herdados.
O ex-ministro foi poupado de medidas mais duras, como a quebra de sigilo, aprovada contra outros investigados, o que gerou críticas de parte da oposição na CPMI.
Repercussões
O depoimento gerou divergências entre os membros da comissão. Enquanto aliados consideraram a fala de Oliveira suficiente para esclarecer que houve falhas técnicas e estruturais, opositores apontaram contradições e defenderam a necessidade de aprofundar investigações sobre possíveis omissões de gestores.
Considerações finais
A oitiva de José Carlos Oliveira reforça o papel da CPMI em apurar responsabilidades administrativas e criminais no INSS. Embora o ex-ministro tenha negado envolvimento em fraudes e atribuído os problemas à falta de estrutura, a comissão deve continuar ouvindo outros ex-gestores e técnicos para traçar um quadro completo sobre as falhas da Previdência Social nos últimos anos.